quinta-feira, 12 de julho de 2012

Usem as vassouras ecológicas!


O discurso e a prática
            Nos últimos tempos escutamos muito se falar em sustentabilidade, economia verde, economia sustentável.
            O discurso é bonito.
            Mas na prática não é bem assim.
            Um exemplo que comprova que o discurso está longe da prática é o fato de não vermos nas mãos dos garis e margaridas, as vassouras ecológicas, feitas de garrafas pet, pela Incovass, uma micro indústria, do seu Nilo, aqui em Rio Branco, no bairro Sobral.
            Seu Nilo compra as garrafas coletadas do lixo por um preço muito maior do que compram as empresas que por aqui passam. Seu Nilo desenvolveu equipamentos que fazem os fios das garrafas pet. Seu Nilo emprega 8 pessoas.
            Seu Nilo compra os cabos de vassoura de madeira fora do estado do Acre. Aqui não se produz cabos de vassoura de madeira. Seu Nilo nunca recebeu uma única encomenda de uma escola municipal ou estadual para que a limpeza seja feita com um produto ecologicamente correto e muito mais durável.
            A única escola que usa as vassouras fabricadas por seu Nilo é o Colégio Alternativo, particular, que compra duas dúzias de vassouras no começo de cada ano letivo.
            O que é que custa orientar as escolas a comprarem as vassouras do seu Nilo?
            Cada escola tem um fundo de manutenção para comprar uma lâmpada, uns produtos de limpeza. O que é que custa comprar as vassouras do seu Nilo???
            O que vemos são vassouras de piaçava da Bahia, de Minas Gerais ou do Rio Grande do Sul. E as vassouras fabricadas aqui? Com o lixo que estava espalhado pelas ruas?
            O discurso é bonito! Mas seria muito mais coerente se fosse colocado em prática!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A homofobia



Homofobia é a antipatia, o desprezo, o preconceito, a aversão e um medo irracional para com as pessoas homossexuais. A homofobia gera um comportamento crítico e hostil dentro da própria família.
Falar sobre homossexualidade é um dos primeiros passos para se entender e conviver com as pessoas que, no meu entendimento, não “optaram” e nem tiveram uma “orientação” sexual para serem homossexuais.
Ser homossexual, para mim, não é uma opção e nem uma orientação. Ninguém orienta um filho, um amigo, um sobrinho, um irmão para ser gay ou lésbica.
Homossexualidade, para mim, é como a cor dos olhos. Não escolhemos qual a cor dos nossos olhos, da nossa pele, do nosso cabelo. Simplesmente nascemos com eles e pronto!
Mas a família, por falta de conhecimento, por causa de uma cultura machista e preconceituosa tende a não querer falar sobre isso mesmo quando percebe que um filho ou uma filha tem um jeito, assim, “meio diferente”.
Quando percebem isso começam a mandar mensagens tipo: “Deus me livre de ter um filho boióla!”, durante uma conversa com amigos na presença da pessoa da família que se suspeita que é homossexual.
Pais, mães, avôs, avós, tios e primos dizem tanta coisa contra os homossexuais que o membro da família se sente acuado. Se fecha em copas. Para de conversar, tem medo de demonstrar que não é bem o que eles esperavam que ele fosse.
Nesse momento a retração, o sofrimento, o conflito interno, sobre sua sexualidade pode levá-lo à depressão. Vemos muitos casos de esquizofrenia, de suicídio, de rebeldia ou vandalismo porque as pessoas que são homossexuais tendem, inicialmente, a negar sua homossexualidade.
Por medo de ser rejeitado pela família, por medo do deboche, do preconceito, por medo de causar uma forte decepção para a família, essas pessoas tentam namorar outras do sexo oposto e vão levando a vida de mal humor, infelizes.
Conheço pais que colocam seus filhos para fora de casa porque não aceitam a homossexualidade deles e os empurram para o submundo da homossexualidade, onde muitos se envolvem com drogas para anestesiar seus conflitos.
Vem aí a Campanha por um Mundo Livre de Homofobia. O evento será neste sábado, dia 7 de julho, na Biblioteca da Floresta, a partir das 14 horas e está sendo organizado por uma turma do curso de medicina da Ufac.
Essa é uma grande oportunidade de se falar e ouvir sobre o assunto, para saber lidar com os membros da família que são homossexuais. Com muito amor e sem homofobia!